Jonathan dos Santos
“Picar o dedo” para saber se tem diabetes não serve!
Quem não foi vendo várias campanhas que propunham medição da glicemia capilar (“açúcar do sangue”) que, com uma simples picada no dedo, indiciavam a presença ou não de diabetes.
Este conceito não está correto. Não existe como rastrear diabetes sem sem por análises clínicas e sob a orientação de um médico. Isto porque os valores obtidos pela “picada no dedo” podem não corresponder à realidade que se pretende. Estas medições servem essencialmente para doentes diabéticos sob insulina que, por risco de hipoglicemias (açúcar baixo) ou para eventuais ajustes das unidades da insulina, necessitam de uma intervenção urgente ou de uma ajuste de dose. Também são utilizadas nos serviços de saúde para avaliação clínica dos doentes que se justifiquem.
Assim, não se recomenda que o rasteio de diabetes seja realizado através destas campanhas. Adicionalmente, a medição da glicemia capilar (“picada”) serve essencialmente para quem está medicado com insulina, sendo a sua utilidade nos outros casos muito limitada fora dos serviços de saúde.